segunda-feira, 4 de novembro de 2019

25-XABUR: PÉRSIA E GRÉCIA VERSUS ROMA

25-XABUR: PÉRSIA E GRÉCIA VERSUS ROMA

O que é ser um bárbaro? Essa alcunha dos gregos aos não-intelectuais, exceto Roma, era realmente merecida aos outros povos? E por que os romanos não eram bárbaros? Onde se esconderam seus intelectuais? Eles existiram no Grande Império do Massacre, das lutas de gladiadores, do exército imbatível?

Eu disse, imbatível? Quero dizer, do quase imbatível. Pois se trouxermos a tona os Parcos numa visão analítica, veremos que não eram nada de bárbaros. Esse sentido de não-pensadores por sinal lhes passa longe, bem longe mesmo.

Os Parcos, um dos povos persas, estudavam xadrez, música, vinho, as mulheres e astronomia. Tinham pensadores, intelectuais e eram arquitetos. O cimento de secagem rápida é invenção deles.                                                                                          
A educação de seus filhos, embora a penas para os mais abastados, se dava dos 5 aos 15 anos por método decoreba de trechos escritos completos. Um fator mais interessante deles para a História crítica é a vitória contra os romanos em 53 a.C.

Mas, aí vêm os Saxânidas que os subjugam. Em 200 d.C. os romanos foram esmagados também por esse povo persa. Enquanto os Parcos derrotam 1 vez, os Saxânidas derrotam 3.

Os arqueólogos acham no Irã um palácio nos moldes de Roma, mas por qual razão estaria ali? Auxiliados por outros cientistas, dentre eles historiadores, descobrem o porquê: Xabur derrota 3 imperadores: Valeriano em 200 d.C., Felipe em 207 d.C. e Gordiano em 244 d.C.                                      

Valeriano é o único imperador capturado vivo, depois de moro é empalhado e exibido como troféu. Enquanto vivo é humilhado mais que os outros 2, dizem até que ele fora obrigado a se curvar para o imperador persa e beijar-lhe os pés.

As tropas de Valeriano foram capturadas, os romanos prisioneiros de guerra foram obrigados a levantar o tal palácio pelos Saxânidas em homenagem a Valeriano. Para esse povo, o mundo estava dividido entre persa e não-persa. Adivinha, quem são os bárbaros?

Os gregos tinham muitos pensadores que passaram pela biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu Sóter, onde foram reunidos mais de 30.000 papiros-cópia dos povos dominados por Alexandre Magno (segundo Carl Sagan, eram cerca de 1000.000 de livro existentes em Alexandria). Esse grego, da Macedônia, também roubava os escritos de todos os navegantes no porto e só devolvia depois de os escribas haverem transcrito tudo.

A Grécia era um alvo mais fácil pelo simples fato da desunião entre suas cidades. É mais fácil dominar uma cidade-Estado que um Estado unificado, por isso os romanos não perderam tempo e derrotam uma a uma as cidades gregas.
                                                            
Uma das cidades que chamava a atenção dos ambiciosos de Roma era rodes, saqueada por Cássio em 42 a.C. Os intelectuais também se fascinavam com elas, o Colosso de Rodes foi inspiração para a Estátua da Liberdade construída pelos franceses nos estados Unidos, era um símbolo de beleza, grandiosidade e sapiência grega, e por isso muito admirado.

Felipe de Bizâncio estudou em Rodes, era matemático e descreve uma catapulta com metralhadora, pistão e outras complexidades dessa arma usada em Rodes; como propulsão a ar. Iparco de Samos, que mapeou as constelações e brilho das estrelas também passou por lá.

O raio-x de uma nau submersa revela o mecanismo de Anticífera: uma caixa complexa, ou mágica por assim dizer, para a época, que parece um relógio. Nela você digita qualquer data no passado ou no presente e lhe será revelado onde se encontram no espaço-sideral a lua, Vênus, Mercúrio e outro planetas num cálculo preciso para fins de horóscopo.                                                                                       
Gregos, persas e indianos estavam bem afrente de Roma em pensamento. Aristarco de Samos, um grego, até supõe que a Terra gira em torno do sol e não o oposto, mas não lhe atribuem crédito na época. Copérnico o suprime de suas anotações, assim como suprime o nome de Ptolomeu, um árabe que havia descoberto a órbita de alguns planetas. Copérnico estuda Ptolomeu na biblioteca de Alexandria, antes de Caio Júlio César a destruir.                           

Não há nenhum matemático romano, pois roma não queria criar nada. Os romanos destruíram os bárbaros e com eles o conhecimento foi dilacerado e apagado de nós, de acordo com a série 'OS BÁRBAROS", apresentada na T.V. Escola em 22/01/2009.

Aroldo Histoaridor
 27/01/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário