segunda-feira, 4 de novembro de 2019

10-IDADE MÉDIA EUROPÉIA


RESUMO

A Idade Média (496-1459 = queda do Império romano no Oriente e depois de Roma no Ocidente) não foi de todo “Idade das trevas”, pois houve criações de universidades e invenções como o moinho de vento. Medievalistas, como Jaques Le Goff (para quem a queda de Roma não significa o fim da Idade Média e sim a descoberta da América-1492) Regine Pearnaud e George Duby, são contra a divisão, em baixa, alta, e central.

Muitas tribos germânicas (ostrogodos, visigodos, lombardos) foram incorporadas ao exército romano no séc. IV, mas na metade do séc. V, atacados pelos hunos, invadem Roma. Eram pastores e agricultores. Sua literatura e o direito transmitida de forma oral, suas principais artes eram trabalhos com metais, entre eles o ouro. Seu principais deuses eram Thor e Freya. Em 476 o último imperador romano é deposto, surgindo vários reinos germânicos, futuros países.

A ciência estava muito atrasada, muitas pessoas não sabiam sequer sua idade, a média de vida era 21 anos, o que aumentava a religiosidade e misticismo do povo. As casas eram frias, escuras e amontoadas.

O ano começava em meses diferentes em diversos países, o que dificultava mais ainda a contagem dos anos, a ampulheta não era precisa, nem o relógio de sol, para a medição das horas, a população em suma não dominava as letras nem os números. Por isso é que o imperador Carlos Magno, analfabeto, investe na educação de seus futuros condes para que eles administrem melhor suas terras.

No ano 800 assume Carlos Magno coroado pelo papa, filho de Pepino (“o breve”) que havia doado a Itália, tirado dos lombardos em troca do apoio papal (751); neto de Carlos Martel que derrota os muçulmanos na Gália (732) e da mesma tribo do rei Clóvis, dos Francos, que se converte ao cristianismo (496). Calos vence lombardos, avaros e saxões. Cria um movimento de preservação cultural: Renascimento carolíngio. Seus netos dividiram o Império com o tratado de Verdun (843). Depois das invasões dos vikings, muçulmanos e húngaros forma-se a sociedade feudal (1000).

Havia um grande período de regime feudal em que mais tarde, a partir do séc. XIV,estoura numa revolução de lutas contra os senhorios, isso com o advento do dinheiro e do comércio melhor estruturado.

Uma das grandes marcas desse período da História é a Peste Negra que se alastrou extraordinariamente matando cerca de 1/3 da população européia.

Outra coisa notável são as cruzadas com a ordem Templária, os melhores cruzados, que guardava os bens de seus aliados e assim enricou; mas foi destruída pelo rei Luís. Criou-se várias lendas a respeito dos templários, que tinham o objetivo de expulsar os muçulmanos.

A Inglaterra nutria imensa rivalidade com a França, entre essas nações acontece a Guerra do 100 anos (1227-1423) em que os ingleses foram por fim retirados da França, não sem antes deixa-la com cerca da metade da população morta, contudo, a Peste Negra exterminou, dessa metade, mais franceses que a própria Inglaterra.

A mulher não tinha status, todavia, com exceções com Joana D’arc que luta contra os Ingleses, a rainha Eleonor da Aquitânia que casou com dois reis e outras intelectuais.

Existiu nesse meio, a Inquisição que eliminou um sem-número de pessoas ditas hereges a mando da Igreja e alianças conturbadas entre reis e papas.

Não se pode esquecer também a arquitetura gótica que gerou imensos templos religiosos onde cidades rivalizavam pela maior igreja, com suas gárgulas e seus vitrais coloridos.

Duas visões antagônicas na Igreja são Agostinho e Tomás de Aguino. O primeiro altamente severo e voltado para a filosofia de Platão a cristianizando e o outro, inspirados nos estudos de Aristóteles, tenta conciliar razão e fé, surgindo a Escolástica.

Na literatura temos a “Comédia” de Dante Alighiere a mais notável, o autor é expulso de Florença (Itália) por causa de política. Essa seria a última obra de Dante antes de sua morte com pouco mais de 60 anos, mostra nela uma profunda crise existencial e conhecimento apurado da mitologia Grega.

De lendas temos as do período aturiano, da parte do povo Celta que vai para o Reino Unido, são as lendas que rondam o guerreiro rei Artur, além de fadas, duendes, elfos, etc. Nelas são baseados os filmes e livros “Código da Vinci” de Dan Brown e “As brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley. 

Aroldo Historiador
2008

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